De seu nome Diana...a Princesa do povo
Ana Paula Marques
Numa destas noites, para além de dormir como é habitual que se faça, fui também envolvida num sonho encantado, e encantador, daqueles sonhos que de tão intensos que são quase parecem reais, e deixam-nos a pensar… sonhei com uma princesa que viveu no nosso universo, neste mundo e num tempo que eu tive oportunidade de conhecer, muito além do mundo da fantasia em que as princesas em regra vivem.
O nome da Princesa é Diana.
Apesar de ter sido Princesa, Diana não teve uma vida plenamente feliz, a julgar pelos relatos que fomos ouvindo por via da imprensa, e que malvada imprensa que tanto tempo e atenção, perversamente lhe dedicou, que muita responsabilidade terá no desfecho da sua vida.
No entanto, no meu sonho ela estava feliz, plenamente luminosa e iluminada, tão linda! E falou-me de muitas vivências bonitas da sua passagem por esta terra... do seu amor pelos desprotegidos, pobres e vitimas da tão vil maldade humana, mas também da dedicação extrema que sempre ofereceu aos seus filhos.
Neste meu sonho encantado com a Princesa Diana, privei com ela por algum tempo, nem sei bem quanto, quase como se fossemos amigas, verdadeiras amigas de longa data, que partilham segredos que mais ninguém conhece.
Falou-me da sua vida no seio da família real e das dificuldades de relacionamento com a Rainha. De como desde sempre fizeram questão de a fazer sentir-se diferente. Não valorizando nunca a sua grandeza de espírito e forte presença social.
No entanto, não foi ela que mo disse no sonho, mas é o que eu acho, o mundo teve oportunidade de testemunhar a pessoa linda que a Diana era, não apenas por fora, que o era de facto, mas interiormente, enquanto ser humano.
Possuidora de um nobre coração, e de uma alma de paz, de tal modo gigante que ainda hoje, segundo me disse no sonho, o seu espírito anda junto daqueles que mais precisam, nomeadamente aquelas crianças em território de guerra ou vitimas de flagelos climáticos que assolam tantos países, e que são envolvidas em tamanhas tragédias, sem saber como e sem ter culpa.
Envolta nestas palavras, de repente a Princesa Diana que tinha pousada na cabeça a sua tiara de Princesa, retirou-a dos seus cabelos louros, quase um louro angelical, e colocou-a sobre a minha cabeça. Naquele momento lembro-me que as lágrimas me escorreram de forma descontrolada pelo rosto, (ainda que em sonho) a emoção que eu senti foi de tal modo intensa que fiquei sem conseguir reagir, apenas estremeci.
Restava-me apenas chorar de emoção... as lágrimas escorriam estupidamente uma atrás de outra sem pedir autorização, mas não consegui evitar, afinal a Princesa do povo, que eu tanto admirava, estava na minha frente a tirar a sua tiara e a colocá-la sobre a minha cabeça.
Com um olhar verdadeiramente ternurento e generoso, a Princesa Diana limpou-me a face com as suas mãos muito delicadas, e disse-me: “Eu morri feliz, mas morri muito nova. Que esta minha tiara passe para ti toda a felicidade que eu sentia no momento em que deixei repentinamente este mundo.”
E acrescentou ainda: “Sempre que a vida te maltrate, lembra-te que eu te coroei com a minha tiara da felicidade e é neste estado que quero que vivas sempre, muito Feliz!”
E quando acordei, dos meus lábios nasceu um sorriso, daqueles que não controlamos, afinal eu tinha acabado de ser coroada como a Princesa da Felicidade, ainda que tudo tivesse sido em sonho.
A suprema felicidade da vida é ter a convicção de que somos amados.
- Victor Hugo